18/04/2024

Projeto prorroga incentivos fiscais para a indústria cinematográfica até o fim de 2029

Fonte: Econet
O Projeto de Lei 1064/24 prorroga até o fim de 2029 o prazo para utilizar o
Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de
Exibição Cinematográfica (Recine), voltado à expansão e modernização do
parque cinematográfico brasileiro para cidades menores.
Pelo regime, compras no mercado interno ou por importação para implantar
ou modernizar salas de cinema são desoneradas de PIS, Cofins, Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação (II).
Atualmente, o prazo de validade do benefício vai até o fim de 2024 (Lei
13.594/18).
O projeto
Pela proposta, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) ficará responsável por
avaliar e acompanhar o benefício.
O governo fixará, por decreto, metas e objetivos a serem cumpridos por
produtores, distribuidores e exibidores.
Além disso, contribuintes e empresas tributadas pelo lucro real poderão deduzir
também incentivos a fundos municipais de cinema (Funcines).
Medida essencial para o cinema
Segundo o deputado Marcelo Calero (PSD-RJ), autor da proposta, o Recine
tem sido um instrumento essencial para promover o desenvolvimento do
cinema nacional, incentivando a modernização e a expansão das infraestruturas
de produção audiovisual no Brasil.
“Diante da evolução tecnológica e das demandas do mercado audiovisual,
torna-se imperativa a renovação e atualização contínua do Recine”, disse o
deputado.
Dedução do IR
A proposta também prorroga para fim de 2029 os incentivos fiscais da Lei do
Audiovisual. Essa lei permite que pessoas físicas e jurídicas deduzam do
imposto de renda (IR) valores que financiaram projetos de produção
cinematográfica e de audiovisual aprovados pela Ancine.
O projeto aumenta de R$ 4 milhões para R$ 7 milhões o limite de dedução do
IR para apoios destinados a obras de cinema brasileiro de produção
independente. Para séries, curta e longa metragens, documentários e outras
obras cinematográficas, o limite passa de R$ 3 milhões para R$ 7 milhões.
O deputado afirma que, ao reduzir os custos de produção e distribuição, esses
incentivos aumentam o fluxo de capital para o setor, "fomentando a criação de
novos projetos e ampliando a diversidade de conteúdos produzidos”.
Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Cultura; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.